- As reações alérgicas às vacinas do calendário nacional de vacinação são raras. As reações mais graves (reações anafiláticas) ocorrem em menos de um em 100 mil indivíduos.
- De acordo com a informação disponível, as reações alérgicas à vacina Pfizer-BioNTech para a COVID-19, serão também eventos raros.
- Apesar da informação clínica disponível sobre os casos em que terão ocorrido reações alérgicas suspeitas à vacina Pfizer-BioNTech para a COVID-19 ser ainda muito limitada, não se supõe existir um risco acrescido de efeitos adversos à vacina em doentes asmáticos, com rinite alérgica ou com eczema.
- Por isto, propõe que: 1) a vacina Pfizer-BioNTech para a COVID-19 não seja administrada em doentes com antecedentes de reações alérgicas graves a vacinas, e que 2) a relação risco-benefício seja avaliada por um imunoalergologista nos casos de anafilaxia prévia a medicamentos, alimentos, latex, venenos de himenópteros e ainda nos casos de anafilaxia idiopática, síndromes de ativação mastocitária e imunodeficiências primárias.
- As vacinas para o SARS-CoV-2 só deverão ser administradas em Unidades de Saúde onde existam profissionais devidamente treinados e meios adequados para o tratamento de eventuais reações alérgicas. Deverá ser respeitado um período de vigilância de 30 após a administração da vacina.
- Os imunoalergologistas estão disponíveis para investigar todos os doentes com reações alérgicas graves às vacinas para o SARS-CoV-2 que venham a estar disponíveis em Portugal, em consonância com a norma de orientação clínica 004/2012 da Direção Geral de Saúde “Anafilaxia: registo e encaminhamento”, atualizada em 18/12/2014.