Comemora-se amanhã, dia 28 de julho, o Dia Mundial das Hepatites, efemérides em que pessoas e organizações de todo o mundo unem esforços para sensibilizar as populações e os decisores para a importância destas doenças.
Muito mudou nos cuidados de saúde nos últimos meses. Mudou para conseguir dar uma resposta efetiva a uma crise sem precedentes e fê-lo até agora com relativo sucesso, mas mais uma vez à custa da motivação e dedicação dos seus profissionais.
Desde o aparecimento do primeiro caso de COVID-19 em Portugal, têm-se sucedido medidas de proteção, de isolamento, de distanciamento social, de regras de higiene e tantas, tantas outras normas, deliberações, Decretos-lei, Despachos, etc., que não caberiam num pequeno texto como este. Com as muitas aulas de higiene que têm entrado pelas nossas casas, até aprendemos (espero eu) a lavar as mãos com um temporizador em forma de uma música, que todos conhecemos. Os Parabéns. Também aprendemos a não nos aproximarmos demais das outras pessoas, a não nos cumprimentarmos, como tossir, como espirrar, entre outras novas regras sociais que, queremos, sejam temporárias.
O aumento da esperança média de vida e a consequente tendência de envelhecimento demográfico traz-nos responsabilidades acrescidas naquelas que devem ser as respostas sociais e cuidados de saúde para com as pessoas nesta fase da vida. Apesar de se traduzir na alteração progressiva das capacidades de adaptação do corpo nos seus vários sistemas, é importante que consideremos a premissa de que envelhecer, apesar de ser um processo complexo existencial, inevitável e irreversível, por si só não é significado de adoecer.