Vencedor da 1.ª edição da Bolsa de Investigação em Osteoporose procura colmatar falha existente na prevenção da doença

14/05/19
Vencedor da 1.ª edição da Bolsa de Investigação em Osteoporose procura colmatar falha existente na prevenção da doença

A 1.ª Edição da Bolsa de Investigação em Osteoporose, no valor de 10 mil euros, foi entregue ao projeto “Osteoporose: Influência do estilo de vida no pré e pós-diagnóstico em utentes da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Seia”. O projeto tem como objetivos estudar, integrar e correlacionar um amplo espetro de informação sobre o pré e pós diagnóstico de osteoporose uma doença que afeta entre 700 a 800 mil portugueses.

 

O projeto vencedor tem como principal objetivo analisar, ao longo de um ano, um conjunto de informação obtida a partir de duas figuras com relevo neste contexto: o doente e o médico. Possibilitando uma construção do início e da progressão da doença em cada individuo estudado, tendo em consideração alguns fatores externos à doença, potencialmente influenciadores da progressão da mesma e das suas consequências clínicas (ex: fraturas de fragilidade) e de qualidade de vida, como sejam o seu contexto familiar, socioeconómico, cultural e geográfico.

Da equipa vencedora faz parte a Dr.ª Sofia Santos, bióloga do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), o Dr. Miguel Santos, médico especialista em Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Local (Guarda) e do CIAS, e a Prof.ª Doutora Cristina Padez, professora Universitária no Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Coimbra e Coordenadora do CIAS.

“Durante anos, foi, indubitavelmente, uma patologia subestimada, não só pela sociedade em geral, mas também por governos, sistemas de saúde e profissionais de saúde que, concebendo-a como uma inevitabilidade do envelhecimento, não terão apostado na prevenção da mesma como seria desejável e expectável, à luz dos conhecimentos da altura”, afirma a Dr.ª Viviana Tavares, reumatologista e presidente da Associação Nacional Contra a Osteoporose (APOROS).

A Dr.ª Viviana Tavares, afirma ainda que “segundo evidências científicas, o estilo de vida pode efetivamente mudar o rumo dos acontecimentos, numa ou noutra direção, pelo que este trabalho visa constituir não só mais uma contribuição para o incremento do conhecimento nesta área, mas também instituir-se como um instrumento de consciencialização da população para a relevância da adoção de comportamentos e hábitos de vida saudáveis”.

“Existem diversos fatores que predispõem o indivíduo a um risco acrescido de vir a sofrer de osteoporose, se bem que o facto de este reunir um ou mais desses fatores não significa que venha a sofrer, obrigatoriamente, da doença. Neste sentido, um projeto que procure ser uma ferramenta de prevenção é mais um passo na direção certa” refere o Dr. António Tirado, presidente da Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM). 

Segundo o Dr. Luís Cunha Miranda, presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), “este projeto além de contribuir para o conhecimento da prevenção, é crucial impedir uma má evolução da doença, quando já instalada e diagnosticada. A relevância deste projeto passa por dar resposta a dois níveis: pré e pós diagnóstico”. 

O Dr. Tiago Amieiro, diretor-geral da Amgen em Portugal reforça que “a existência de uma Bolsa de Investigação nesta área é um contributo importante para a Saúde Pública, tendo em conta o impacto a nível da mortalidade, comorbilidade e qualidade de vida que as fraturas decorrentes da osteoporose representam para os doentes, para os seus cuidadores informais, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a sociedade em geral”.

A Bolsa de Investigação em Osteoporose é uma iniciativa da APOROS, da SPODOM, da SPR, com o apoio da Amgen.

Partilhar

Publicações