“Aposta numa linha de continuidade” do trabalho desenvolvido em mandatos anteriores é o foco da nova direção da SPC

03/05/19
“Aposta numa linha de continuidade” do trabalho desenvolvido em mandatos anteriores é o foco da nova direção da SPC

O Prof. Doutor Victor Gil assume a partir de agora a presidência da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) para o biénio 2019-2021. Em entrevista à News Farma, o cardiologista perspetiva o caminho que será percorrido pela nova direção, na qual se fará acompanhar por “um grupo fantástico”, cuja “principal linha de atuação será a qualidade”.

 

O futuro próximo da SPC está agora a cargo de uma nova direção, liderada pelo Prof. Doutor Victor Gil. Questionado sobre o eixo norteador desta missão, o cardiologista afirma: “vamos, sobretudo, apostar numa linha de continuidade e tentar manter o nome, o prestígio e o nível que a direção cessante, composta por pessoas de uma enorme categoria, alcançou”.

Desta forma, será dado seguimento a projetos importantes implementados pelas direções anteriores.

“A principal linha condutora da nossa atuação será a qualidade, ou seja, vamos desafiar todas as estruturasda SPC a caminharem connosco num ambicioso programa que vai definir critérios e monitorizá-los em áreas piloto”.

No fundo, “o objetivo da SPC vai ser apontar caminhos”, afirma. Os critérios de qualidade estarão “relacionados com diversas abordagens úteis à prática clínica”, desde o diagnóstico à gestão.

“Há recomendações já padronizadas do ponto de vista internacional que podem e devem ser adaptadas e aplicadas no nosso contexto”, lembra o Prof. Doutor Victor Gil.

“O que ainda não está padronizado espera de nós um maior empenho e esse é um desafio que gostaríamos de assumir e lançar”.

Um trabalho que visa também reforçar a relação da SPC com a tutela, conforme explica o novo presidente, passa por, “no desenvolvimento de um programa de qualidade, uma ferramenta de apoio a esta relação e o desenhar de um caminho no qual deveremos envolver a tutela, servindo como mapa para um conjunto de decisões que se medem pelo rigor científico. Esta é, a meu ver, uma forma de poder intervir na sociedade, não competindo com os políticos, mas apoiando a tomada de políticas que possam contribuir para a melhoria da saúde”.

“A SPC é parte da minha vida há muito tempo e quero apenas dizer que continuarei a fazer tudo da mesma forma que tenho feito até agora, sempre com um sentido de serviço, com base no rigor científico, na qualidade e tentando manter o nível a que esta Sociedade chegou. Sinto-me gratificado pela confiança que os meus colegas depositaram em mim e sinto uma grande responsabilidade em corresponder a esse desafio. Vejo a SPC como um bem de todos e, por isso, dependerá de todos fazer o melhor possível”, conclui.

 

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