Sob a coordenação dos Profs. Doutores Luís Cobrado e Acácio Rodrigues, o prospetivo com a duração de 36 meses, financiado pelo Portugal 2020 com cerca de 212 mil euros, vai investigar o “real impacto microbiológico e clínico da implementação na rotina de uma desinfeção de superfícies baseada em biocidas ativos contra microrganismos patogénicos multirresistentes, nomeadamente sobre as taxas de infeções associadas aos cuidados de saúde”.
Previamente, a equipa pretende “determinar o efeito antimicrobiano do vapor de H2O2 combinado com catiões de prata sobre diferentes espécies de fungos e bactérias suscetíveis e resistentes a antimicrobianos convencionais com relevância em doentes críticos”.
Estudos demonstram que 60% das superfícies de elevado contacto próximas do doente permanecem contaminadas após higienização manual devido à utilização de concentrações incorretas de desinfetante e/ou tempo de contacto insuficiente. Em quartos ocupados previamente por doentes infetados ou colonizados, o risco de infeção ascende aos 73%.
Espera-se que a melhoria da desinfeção hospitalar contribua significativamente para minimizar a colonização e a infeção entre os pacientes queimados e para reduzir a administração de fármacos antimicrobianos, combater a resistência antimicrobiana e diminuir os custos relacionados com os cuidados de saúde prestados.
A equipa do projeto H2O2/Ag+ impact in HAI envolve também os investigadores Cidália Pina Vaz, Elisabete Ricardo, Ana Isabel Silva Dias, Isabel Miranda, Maria Manuel da Silva Azevedo e Luís Filipe Azevedo.
Fonte: Notícias Universidade do Porto