O estudo foi realizado com o propósito de avaliar a eficácia da intervenção psicoterapêutica de Enfermagem em adultos portugueses entre os 18 e os 64 anos de idade com ansiedade, enquanto sintoma, em níveis patológicos, através da comparação de um grupo de pessoas tratado apenas com fármacos com outro grupo cujo tratamento se fez através de medicamentos e intervenção psicoterapeuta.
As conclusões do estudo indicam um efeito positivo da intervenção psicoterapêutica de Enfermagem, quando realizada por um enfermeiro especialista em Saúde Mental, tendo em conta a diminuição dos níveis de ansiedade e do aumento do autocontrolo da ansiedade no final das cinco sessões realizadas no âmbito do estudo, em cinco semanas consecutivas, com uma duração de 45 a 60 por semana.
“Os indivíduos que receberam apenas farmacoterapia melhoraram a ansiedade, mas não melhoraram o seu autocontrolo, enquanto os que receberam farmacoterapia e intervenção psicoterapêutica melhoraram mais significativamente os níveis de ansiedade e melhoraram também significativamente o autocontrolo da ansiedade. Isto é fundamental porque, se as pessoas não adquirem estratégias de autocontrolo, no futuro não serão capazes de lidar com a mesma sem o recurso a fármacos”, explica o autor do estudo, o Dr. Francisco Sampaio.
Dados os resultados do estudo, o investigador considera que a intervenção psicoterapêutica deve ser incluída no ensino de Enfermagem, de forma a que os enfermeiros possam sistematizar a sua prática no terreno num futuro próximo.
A intervenção psicoterapêutica de Enfermagem neste estudo foi baseada num conjunto de técnicas, nomeadamente, terapia de relaxamento, aconselhamento e intervenção em crise.