De acordo com a Dr.ª Ana Pedro, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), “o novo código visual da dor é uma ferramenta de cariz artístico, facilitadora da comunicação entre médico e doente. O código visual permitirá auxiliar a interpretação da dor pelo doente, contribuindo para a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos doentes com dor crónica em Portugal”.
O novo código visual representa alguns descritores de dor através de 12 imagens - ferro em brasa, formigueiro, frio gelado, beliscão no nervo, rastejar sobre a pele, facada, choque elétrico, alfinetes, espasmo agudo, dor perfurante, arame farpado e queimadura – que facilitam ao doente exprimir a sua dor.
“Nem sempre é fácil o doente exprimir a sua dor (a dor não se vê!), o que pode ser uma barreira para o médico na compreensão da doença e no diagnóstico final. Esta nova ferramenta visual é, sem dúvida, uma mais-valia para os doentes e também para nós médicos, que tentamos diariamente compreender e avaliar corretamente a sua dor”, salienta a médica.
Na cerimónia de amanhã, a Dr.ª Ana Pedro será responsável por uma sessão intitulada “O tratamento da dor crónica em Portugal”. Posteriormente, terá lugar um debate sobre o “Estado de Saúde da Dor Crónica em Portugal”, moderado pela Dr.ª Fátima Campos Ferreira e que conta com a participação de diversos especialistas.
A iniciativa, que pretende ser um momento relevante de debate sobre o tratamento da dor crónica em Portugal e visa abranger as mais variadas vertentes - social, clínica, económica e política - conta ainda com a presença da antiga ministra da Saúde Dr.ª Maria de Belém Roseira. Consulte o programa completo.