Vacinação infantil está abaixo da meta definida pela OMS

27/07/17
Vacinação infantil está abaixo da meta definida pela OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou recentemente que uma em cada 10 crianças no mundo não recebeu qualquer vacina no ano passado. Segundo as estimativas, a par com a UNICEF, a percentagem de crianças com as vacinações de rotina completas estabilizou nos 86%, um valor abaixo da meta fixada pelas Nações Unidas.

De acordo com os dados disponibilizados pela OMS, serão 12.9 milhões as crianças que em todo o mundo não receberam qualquer vacina no ano passado, ficando assim sujeitas a contrair doenças como a difteria, tétano ou tosse convulsa. Adicionalmente, estima-se que outros 6.6 milhões de crianças que receberam a primeira dose da vacina tríplice conhecida por DTP não tenham concluído as doses necessárias para a imunização completa.

Os dados relativos a 2016 mostram que 130 dos 194 países que pertencem à OMS alcançaram ou superaram os 90% de cobertura total da vacina da difteria, tétano e tosse convulsa. No entanto, se todos estes países quiserem alcançar o objetivo definido, significa que existem mais dez milhões de crianças que carecem de vacinas.

Numa declaração publicada no site da OMS, o Dr. Jean-Marie Okwo-Bele, diretor de imunização da instituição, defende que maior parte das crianças que não está vacinada “é a que escapa aos sistemas de saúde” e “provavelmente” nunca recebeu nenhum serviço básico de saúde.

No ano passado, a OMS e a UNICEF registaram oito países com uma taxa de cobertura vacinal inferior a 50%: República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Nigéria, Somália, Sudão do Sul, Síria, Chade e Ucrânia.

Em relação ao sarampo, doença que este ano teve um ressurgimento em vários países europeus, as atuais estimativas apontam para uma taxa de vacinação global de 85% na primeira dose, mas que baixa para os 64% no que se refere à segunda dose da imunização.

De acordo com a OMS, a vacinação previne atualmente entre dois a três milhões de mortes por ano, entre doenças como a difteria, o tétano ou o sarampo. Ainda assim, a percentagem de crianças com as vacinações de rotina completas estabilizou desde 2010 nos 86%, quatro pontos percentuais abaixo da meta definida pelas instituições competentes.

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