Autoridades da área da transplantação pretendem fomentar transplantes e a doação de órgãos em Portugal

05/12/13

A Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e a Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI) realizam em conjunto, nos dias 6 e 7 de dezembro, no Hotel Sana, em Lisboa, o simpósio «Da doação e colheita de órgãos à transplantação». O evento visa estimular a reflexão sobre o decréscimo dos números da transplantação em Portugal, bem como procurar soluções para que, nos próximos anos, se verifiquem sinais de recuperação.


O primeiro dia do encontro será assinalado por um debate sobre o actual enquadramento ético e legislativo da doação e da colheita de órgãos, numa altura em que a legislação em vigor deverá ser revista no sentido de publicar uma nova Lei Nacional da Transplantação, e pela discussão da realidade ibérica no que concerne aos critérios de distribuição de órgãos.

Esta sessão contará com a presença da Dr.ª Ana França, coordenadora nacional de transplantação, que apresentará o panorama nacional, e da Dra. Elisabeth Coll, da Organização Nacional de Transplantes de Espanha, na qualidade de oradora convidada, uma discussão moderada pelo Dr. José Guerra, do Serviço de Nefrologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar Lisboa Norte/Hospital de Santa Maria, e pela Dr.ª Maria João Aguiar, coordenadora da extinta Autoridade dos Serviços do Sangue e da Transplantação.


"A taxa de dadores cadáver e de transplantação em Portugal ainda é superior à média europeia, no entanto, tem vindo a decrescer desde 2010. Esse decréscimo foi muito significativo em 2012. No primeiro semestre de 2013 houve uma ligeira melhoria no número de dadores mas sem impacto significativo no número de transplantes, pois o aumento da idade média dos dadores condiciona menor aproveitamento dos órgãos colhidos. Felizmente, no transplante renal de dador vivo verificou-se um aumento no primeiro semestre de 2013, mas é desejável aumentar todos os tipos de transplantes pois nunca se conseguem transplantar todos os doentes que necessitam, devido à falta de órgãos", defende Fernando Macário, presidente da SPT.


O «Diagnóstico da situação da transplantação em Portugal: análise do relatório do grupo de trabalho para a diminuição do número de transplantes» será outro dos temas que irá marcar o segundo dia do simpósio e que será explicado pelo Prof. Hélder Trindade, presidente do IPST. Por fim, um painel de discussão sobre a escassez de dadores e as limitações impostas à transplantação, constituído por especialistas de relevo no campo da transplantação nacional, encerrará o simpósio.

 

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